Faz algum tempo que as questões que envolvem as mulheres – seu papel social, direitos, oportunidades – e a evolução (ou não) desses temas ao longo da história nas sociedades, e tantas outras pautas suscitadas pelo Feminismo, estão no espectro dos meus interesses de leitura e de estudo. Tenho lido esporadicamente, nos últimos anos, alguns ensaios sobre o feminismo, mas esse ano resolvi estabelecer uma meta de ler pelo menos cinco livros sobre o tema e conhecer novas autoras que se propuseram a refletir sobre tais questões. Minha lista de intenções de leitura passa por nomes como Virgínia Wolf, Djamila Ribeiro e Rebecca Solnit.
Confira abaixo os títulos e uma breve sinopse de cada obra.
As mulheres devem chorar... Ou se unir contra a guerra –
Virgínia Wolf
Nesta obra, publicada em 1938, Wolf desenvolve o argumento de
que existe uma conexão estreita entre o patriarcado e o militarismo. É em torno
dessa temática que se centra a coletânea, acrescida, entre outros, como: “Profissões para mulheres”, texto escrito em 1931, focado no tema da dificuldade
de acesso das mulheres às profissões liberais, e do comovente ensaio
“Pensamentos sobre paz durante um ataque aéreo”, publicado em outubro de 1940,
em plena Segunda Guerra e cinco meses antes da morte da autora. Fecha o livro
um posfácio de Guacira Lopes Louro, estudiosa de gênero e sexualidade.
Quem tem medo do feminismo negro? - Djamila Ribeiro
Este livro reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma
seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista
CartaCapital, entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante
recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que
chama de “silenciamento”, processo de apagamento da personalidade por que
passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação.
Feminismo para os 99% - Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya e Nancy Fraser
Moradia inacessível, salários precários, saúde pública, mudanças climáticas não são temas comuns no debate público feminista. Mas não seriam essas as questões que mais afetam a esmagadora maioria das mulheres em todo o mundo? Feminismo para os 99% é sobre um feminismo urgente, que não se contenta com a representatividade das mulheres nos altos escalões das corporações.
Para educar crianças feministas – Chimamanda Ngozi Adichie
Nesse manifesto sobre igualdade de gênero, a autora apresenta
quinze sugestões de como criar filhos dentro da perspectiva feminista. Para
educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer
uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa
distribuição de tarefas entre pais e mães. Partindo de sua experiência pessoal
para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma
leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo
contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.
A mãe de todas as perguntas – Rebecca Solnit
Em A mãe de todas as perguntas, Solnit parte das ideias
centrais de maternidade e silenciamento feminino para tecer comentários
indispensáveis sobre diferentes temas do feminismo: misoginia, violência contra
a mulher, fragilidade masculina, o histórico recente de piadas sobre estupro e
outros mais.
Já estou ansiosa para fazer essas leituras.
Obrigada por estar aqui!
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